A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou recentemente uma reformulação profunda no calendário das competições nacionais, que começa a vigorar a partir de 2026. Com o objetivo de equilibrar melhor os torneios, reduzir congestão de jogos e valorizar as fases decisivas, a mudança promete impactos para clubes, atletas e torcedores. A seguir, entenda os principais pontos dessa revolução no futebol do país.
Principais alterações no novo calendário da CBF
1. Calendário geral e datas
- O Campeonato Brasileiro vai de 28 de janeiro a 2 de dezembro, estendendo sua duração.
- Os estaduais serão disputados entre 11 de janeiro e 8 de março, sendo limitados a 11 datas.
- Durante finais estaduais, haverá semanas livres sem jogos do Brasileirão para evitar sobreposição.
2. Copa do Brasil redesenhada
- O número de participantes aumenta de 92 para 126 clubes já em 2026, e em 2027 serão 128 clubes.
- Todos os clubes da Série A entrarão apenas na 5ª fase do torneio.
- A final passará a ser em jogo único — prevista para 6 de dezembro — para intensificar a disputa.
- Haverá intervalo de cerca de um mês entre semifinal e final para permitir planejamento dos torcedores.
3. Novas competições regionais
- A CBF criará ou reformulará torneios regionais como: Copa Sul-Sudeste, Copa Centro-Oeste e Copa Norte.
- Estes torneios terão até 10 datas, entre março e junho.
- Clubes que participarem de torneios da Conmebol serão excluídos dessas competições regionais para evitar excesso de compromissos.
4. Impactos e projeções
- A Série D terá seu número de clubes elevado, passando de 64 para 96 participantes, aumentando a abrangência nacional.
- Estima-se uma redução de até 15% no número de jogos para clubes da Série A, em razão da limitação de estaduais e entrada tardia na Copa do Brasil.
- A CBF planeja investir cerca de R$ 1,3 bilhão nas competições a partir de 2026.
- Ao longo de 2026 e 2027, o novo calendário terá um caráter de transição, principalmente por conta de eventos como a Copa do Mundo e o Mundial Feminino, que impactam disponibilidade de estádios e janelas internacionais.
Essa reformulação representa uma das maiores mudanças introduzidas pela CBF nas últimas décadas. Ao compactar os estaduais e expandir as competições nacionais e regionais, o novo calendário visa promover equilíbrio competitivo, menos desgaste e maior relevância das etapas decisivas. Para clubes de menor expressão, pode significar mais chances de visibilidade — já para os grandes, será um desafio ajustar estratégia de elenco e calendário internacional.